quinta-feira, 30 de abril de 2015

CRONOLOGIA DA CRIAÇÃO DA CIDADE DE TOUROS-RN

Maria Antônia Teixeira da Costa

“Touros – Criado pela lei geral de 5-9-1832 em que a Regência Trina sancionou a resolução da Assembéia Geral Legislativa tomada sobre uma outra do Conselho Geral da Província do Rio Grande do Norte, desmembrando-a da freguesia de Estremoz, sob a denominação de “Freguesia do Senhor Bom Jesus dos Navegantes do Pôrto de Toiros”. A Lei provincial nº 10, de 6-3-1835, modificou os limites expressos na lei criadora da freguesia. O primeiro vigário foi o Pe. Felix Alves da Cruz, posse a 5-10-1834” ( CASCUDO, 1984, p. 248) (conservei a ortografia conforme está no livro)
Baseada nessa citação de Câmara Cascudo e também em Nilson Patriota, além outras leituras, podemos dizer o seguinte:

• No Brasil Império (1822 -1888) o Brasil era dividido em províncias, estas eram divididas em municípios/vilas, que por sua vez eram divididos em freguesias. Freguesia era a mesma coisa que paróquia. A província do Rio Grande do Norte foi criada em 1821;
• 1832 – Em 05 de setembro de 1832, por Lei Geral, o Conselho da Província do Rio Grande do Norte desmembra Touros de Extremoz e cria a Freguesia do Senhor Bom Jesus dos Navegantes do Porto de Toiros, ou seja, Touros já pertenceu a Estremoz.
• 1833 – Em 11 de abril de 1833, Touros é elevada ao status de vila e sede de município, através de uma Resolução.
• 1835 - A criação da Vila de Touros em 27 de março de 1835 pelo Presidente da Província do Rio Grande do Norte, Basílio Quaresma Torreão é referendada por Lei.
• Esse ano, em 27 de março de 2015, Touros completou 180 de “emancipação política”;
• Touros irá completar 183 anos de criação do lugar, em 05 de Setembro de 2015.
• 1938 -Em 29 de março de 1938, a vila de Touros foi elevada ao nome de cidade, pelo Decreto nº 457, de 29 de abril (PATRIOTA, 2000, p.41).
Touros foi denominado Vila de Touros por 105 anos (1833 - 1938)

Na foto abaixo a  Rua da Frente, hoje Rua Prefeito José Américo, na década de 1920 -Touros -RN. Touros nessa época, segundo relatos da população tinha aproximadamente 800 habitantes. Mas o recenseamento de 1920, afirma que o município possuía 17.019 habitantes e quatro escolas. O prefeito da época era Joel Cristino de Medeiros. Vejam ao fundo a Igreja do Bom Jesus dos Navegantes. Foto e informações do Livro: "Os Cavaleiros dos Céus: a saga do vôo de Ferrarin e Del Prete".
Obrigada ao meu irmão João Batista Teixeira da Costa por ter me presenteado com esse livro.


terça-feira, 28 de abril de 2015

RETRATOS DE TOUROS NOS ANOS DE 1960


Re-apresento aos apreciadores das nossas postagens, fotografias de Touros-RN nos anos de 1960,com alguns comentários. Nesses anos nós chamávamos fotografia de retrato. Os comentários aqui copiados foram realizados por diversos internautas na ocasião da primeira postagem na página do facebook memórias de Touros.

FOTO 01
Foto 01 - O Rio Maceió, a Igreja, os armazéns,  a Rua da Frente, hoje Rua Prefeito José Américo, na década de 1960 –Touros –RN. Foto do acervo de Carlos Pacheco. Copiada do blog
http://lcpenha.blogspot.com.br/2011/03/touros-176-anos-de-emancipacao-politica.html



ALGUNS COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS NA PÁGINA DO FACEBOOK MEMÓRIAS DE TOUROS ADMINISTRADA POR MARIA ANTÔNIA TEIXEIRA DA COSTA SOBRE A FOTO Nº 01

Anacelia Bento – A minha vó morava bem ali do lado direto da ponte, quando esse rio tava cheio a água entrava no quintal e aparecia muitas rãs e eu morria de medo.
João Costa  - Nesta casa cercada se não me engano morava GALIQUEIRO e próximo a casa tinha um campinho onde jogávamos bola.
Beto NeryNessa época, o Rio Maceió descia encantado e prateado em busca do verde MAR !!!!! e Hoje ???
Iza Cristina Alecrim Baião – Como mudou!
Marília Souza -  Que imagem linda!



                                                                   FOTO 02



Foto  02 - Francisco Marcondes Moreira do Nascimento em frente a sua Residência à Avenida Prefeito José Américo em Touros-RN no ano de 1969. Prefeito da época: José Joaquim do Nascimento.  Ao fundo o Cemitério da cidade (Foto de Crizelda Moreira da Nascimento)


ALGUNS COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS NA PÁGINA DO FACEBOOK MEMÓRIAS DE TOUROS ADMINISTRADA POR MARIA ANTÔNIA TEIXEIRA DA COSTA SOBRE A FOTO 02

Carlos Alberto C. de Carvalho -  A rua marcada para o desfile de 7 de Setembro.
Cida Marques - Touros 11 anos antes da minha pessoa nascer e quase 20 anos antes de chegar pra morar...
Iris Nascimento - Saudades quando eu era pequena que ia pra casa de tia  Lili nesta rua mesmo.

                                                                  FOTO 03



Foto 03 - Aula inaugural do Ginásio Comercial de Touros em 1969. Aula aconteceu no Grupo Escolar General Florêncio do Lago. Estão nesta foto: José Joaquim do Nascimento, o prefeito à época; a primeira Dama, Crizelda Moreira do Nascimento; José Varela, Severino, Maria Nizete,  Lindonor e Terezinha Patriota, a filha de Maria Tavares (desculpas pelos nomes incompletos citados) e demais que não conseguimos identificar (Foto cedida por Sofia Junqueira Ayres)


                                                Foto 04

ALGUNS COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS NA PÁGINA DO FACEBOOK MEMÓRIAS DE TOUROS ADMINISTRADA POR MARIA ANTÔNIA TEIXEIRA DA COSTA SOBRE A FOTO 04

Thazia Costa - Perda lamentável, morava do lado participei de grandes festas lá, patrimônio destruido
Olda Bonatto - SEM COMENTARIO...
Geraldo Gabi -  Apesar de toda essa importância que esse prédio exerceu na vida de nossa cidade, ele foi criminosamente derrubado. Prova de que muitas pessoas não guardam às nossas memórias. Tive o privilegio de morar ao lado

                                                                Foto 05


Foto 05 - Grupo Escolar General Florêncio do Lago em 1969. Foto cedida por Sofia Junqueira Ayres.


ALGUNS COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS NA PÁGINA DO FACEBOOK MEMÓRIAS DE TOUROS ADMINISTRADA POR MARIA ANTÔNIA TEIXEIRA DA COSTA SOBRE A FOTO 05


Geraldo Gabi Gabi -  Com orgulho iniciei meus estudos nessa maravilha. Quanta saudades! Quanto orgulho!
José Junior -  Esse faz parte da nossa historia a linda Touros rn,


Espero que tenham gostado e conto com vocês para novas postagens.


MARIA DEU A LUZ: NARRATIVAS DE MARIA DO CÉU TEIXEIRA DA COSTA COMO PARTEIRA DE TOUROS - Parte II

Ao concluir seu curso de Auxiliar de Enfermagem na Escola de Auxiliares de Enfermagem de Natal, Maria do Céu Teixeira da Costa (mamãe) voltou para Touros em 1958 começou a exercer sua profissão atendendo de casa em casa, quando era chamada. Conforme ela nos narra, ela era a única pessoa da cidade que tinha estudo na área da saúde.
Hospital Miguel Couto (em 1960 o Hospital recebe o nome de Hospital das Clínicas. Hoje o Hospital é chamado de Hospital Onofre Lopes), em Natal, local aonde Maria do Céu Teixeira da Costa realizou o Curso de Auxiliar de Enfermagem no anos 1957-1958


Na cidade não havia um único posto de saúde, não havia maternidade, as mulheres pariam em suas casas com a ajuda de parteiras conhecidas como curiosas. Mãe Brás e Dona Inez eram mulheres que ajudavam as mães a darem a luz. Não havia na cidade luz elétrica e o maior nível de ensino era o primário realizado no Grupo Escolar Cel. Antônio do Lago.



Ao realizar o primeiro parto, Maria do Céu não tinha nem vinte anos completos. Foi o parto do menino que ficou conhecido por “Seu Branco”, filho de Dona Maria. A mãe de dona Maria comentou: “E essa menina sabe fazer alguma coisa?”.

Depois do primeiro parto, seguiram-se outros, cada um com suas peculiaridades: partos fáceis, difíceis, de cócoras, espontâneos, partos que as crianças nasciam com a expulsão inicial dos pés. Partos de mulheres simples, mulheres sofisticadas, mulheres de todos os tipos. Conforme mamãe nos contou, atendia da mesma forma quem podia pagar e quem não podia. Quando a família era simples ela dizia: “me dê o que puder. E me davam galinha, ovos, peixe e outras coisas mais”.

Nos anos de 1950, ser dona de casa era o “destino natural das mulheres”. Elas tinham que ser femininas, recatadas, comportadas para não serem consideradas levianas. Não vestiam calça comprida, nem usavam biquíni. No tempo em que o papel da mulher restringia-se a cuidar dos filhos, do marido e do lar, mamãe saía a cavalo, de burro, de bicicleta, a pé, de carro, para os lugares mais longínquos para realizar os partos. Ela saía pelo meio do mundo e nos afirmou: “Eu me sentia feliz e realizada. A coisa mais linda do mundo é ver uma criança nascer”.


Foto do Guia da Cidade do Natal 1ª Edição. Organizado por J.A. Negromonte e E. Etelvino Vera Cruz com a colaboração de Fernando R. da Silva, Natal,   1958.

Mamãe casou-se em 1959 e logo teve a primeira filha. Em 1960, teve a segunda filha. Eu sou a terceira. Naquele tempo era assim: as mulheres não podiam evitar filhos, pois os preceitos religiosos não permitiam e nessa época eles eram muito fortes, além disso, os anticoncepcionais eram raros. Assim, mamãe, uma mulher instruída, teve dez filhos. O seu casamento não impossibilitou a sua permanência como parteira, pois meu pai sempre foi um homem à frente de seu tempo.

Durante cinco anos ela andou pelos municípios realizando partos. Não tinha hora de almoço, jantar ou café. Ela deixava tudo e seguia em frente. Ela era chamada para costurar ferimentos, e olhe que eram ferimentos grandes,  aplicar injeções, e todas as necessidades relacionadas à saúde.

Quando precisava viajar a cavalo, vestia uma saia grande e uma calça de papai por baixo, lembrou-me a minha irmã, Maria Alécia. Levava em sua pequena maleta: pinças, injeções, cordão para amarrar o umbigo e muita garra coragem e fé no coração.

Em 1962, dona Genésia de Avelino doou um terreno grande para ser a maternidade e Padre Rui da Paróquia de Ceará Mirim, a construiu. Quando mamãe começou a trabalhar na maternidade eu tinha 15 dias de nascida. As suas ajudantes eram: Maria Aparecida da Costa, sua irmã de criação e Antônia da Costa, a minha tia, irmã de papai. A maternidade tinha oito leitos e o material que contava era: Pituitina, Vitamina K, para hemorragia, gaze e algodão, além de instrumentos como pinças.

A maternidade de Touros funcionava da seguinte forma quanto à alimentação das pacientes: havia um grupo de pessoas da comunidade, aquelas que tinham mais condições econômicas,  que davam a alimentação das mulheres. Quando a mulher chegava à Maternidade, a família responsável (uma família adotava aquela mulher quer estava para dar a luz) era comunicada e se encarregava da alimentação até a mulher ser liberada. Era levado o café da manhã, o lanche, o almoço, o lanche da tarde e a ceia. Entre os colaboradores foram lembrados: Severino Grilo, Dona Maura (esposa à época de Joaquim Gomes), Doninha, seu Enéas. Mamãe e suas ajudantes permaneceram na Maternidade durante dois anos 1962-1963.

Após sua saída da Maternidade, mamãe continuou atendendo mulheres em suas residências. Porém, agora de maneira esporádica. Assumiu o magistério primário como professora, profissão na qual se aposentou. Muitas das experiências por ela relatadas ficarão guardadas em minha memória.

Ela ajudou dezenas de mulheres a darem à luz. E me questionei: O que fez uma jovem de dezoito anos sair do seio da sua família para estudar internada em outra cidade? Perguntei a mamãe! Ela me respondeu: “antigamente, quando eu era pequena, eu ouvia muito falar: fulana morreu de parto... beltrana morreu de parto. Penso que isso me influenciou”.

Gostaríamos de lembrar que Maria do Céu Teixeira da Costa foi uma das fundadoras da primeira Maternidade da cidade de Touros, sendo também sua primeira diretora, além de ser a primeira mulher nascida no município a fazer parte da primeira turma de Auxiliares de Enfermagem do Hospital do Hospital Miguel Couto. O principal curso da área de saúde que existia em Natal/RN, depois do Curso de Medicina no referido período.

Com essa história, espero contribuir para que ao ouvirmos alguém falar: “Maria deu a luz”, lembremos de mulheres parecidas com Maria do Céu, as quais superando os preconceitos de uma época, voaram mais alto em busca de sua realização como pessoa e profissional, contribuindo para a diminuição de mortes de parturientes. Assim, não podemos também esquecer das palavras divinas: “E disse Deus: haja luz. E houve luz”.


segunda-feira, 27 de abril de 2015

MARIA DEU A LUZ: NARRATIVAS DE MARIA DO CÉU TEIXEIRA DA COSTA COMO PARTEIRA DE TOUROS-RN - PARTE I



 Maria Antônia Teixeira da Costa


Histórias são para serem contadas, preservadas, seja pela oralidade seja pela escrita. Decidimos escrever o que aprendemos através da oralidade, pois se passam os anos e o tempo e vamos perdendo a memória e as nossas histórias muitas vezes ficam no esquecimento e morrem com as gerações. Como filha de Maria do Céu Teixeira da Costa, apresento para todos, a sua história como Auxiliar de Enfermagem, formada pela Escola de Auxiliares de Enfermagem de Natal/RN e como parteira de Touros-RN. Ela realizou partos em mulheres de Touros e adjacências nos idos de 1959 a 1965. O parto aqui tratado refere-se, como nos afirma Aurélio, “ao processo de nascimento, no qual o feto, a placenta e as membranas fetais são expelidos do aparelho reprodutor materno”.

Maria do Céu e colegas da Escola


Conforme informações de Maria do Céu, há vários tipos de parto: cesariana, cócoras, natural, fórceps. Na cesariana, abre-se o abdome da mulher para retirar o feto; o parto de cócoras, como o nome afirma, a mulher fica de cócoras, geralmente auxiliada por uma cadeira e tem o seu filho, é um parto muito utilizado pelas índias; o parto natural é aquele realizado sem artifícios, espontaneamente; No parto fórceps é utilizado instrumento para extrair a criança do útero, comumente fala-se: “puxar a criança a ferro”.

Diante do exposto perguntamos: como eram realizados os partos de mulheres de Touros e adjacências nos anos de 1959 a 1965? Quem os realizava? Quais as condições da saúde em Touros nesse período? Para respondermos tais perguntas, conversamos com Maria do Céu sobre o referido assunto e realizamos uma entrevista gravada em janeiro de 2003. Além disso, contamos com as minhas memórias e da minha irmã Maria Alécia. Inicialmente falaremos um pouco sobre mamãe, em seguida sobre a sua formação profissional e posteriormente sobre sua atuação profissional.

Maria do Céu Teixeira da Costa foi registrada como filha de Touros. Nasceu em 25 de março de 1938 e conta hoje (2015) com 77 anos de idade. Viúva, foi casada com Luiz Emídio da Costa e teve dez filhos, destes, são vivos oito.
Foi a primeira diretora da Maternidade de Touros , exerceu essa função nos anos de 1962 e 1963. Deixou a Maternidade, e a profissão que tanto amou por motivos aqui não revelados. Foi quando passou a exercer a docência primária a partir de 1965, profissão na qual se aposentou, apesar de sempre ter amado a enfermagem.

Aos dezoito anos de idade a convite do Padre José Luiz, da Paróquia de Touros, e com a permissão de sua mãe Maria Soledade do Nascimento, segue para Natal para fazer o curso de Auxiliar de Enfermagem. Conforme o escritor e historiador Itamar de Souza, a Escola de Auxiliar de Enfermagem de Natal surgiu da iniciativa do Dr. Januário Cicco em 1950. Diante das dificuldades, apenas recebeu autorização do Ministério da Educação e Saúde, para ser colocada em funcionamento, em 17 de dezembro de 1955.

Mamãe nos relatou que o seu Curso de Auxiliar de Enfermagem foi realizado nos anos de 1956 e 1957 no Hospital conhecido hoje como Hospital Onofre Lopes. Durante um ano as alunas eram internas e durante seis meses eram externas. A equipe de professoras era bem treinada, entre elas, foram lembradas: Dona Nice Menezes de Oliveira, alagoana; Geny  Carvalho de Oliveira, pernambucana, professora excelente de Técnica de Enfermagem e a professora Dona Maria de Lourdes Lopes,  a primeira diretora da Escola de Enfermagem. Ela era formada pela Escola de Enfermagem Ana Nery do Rio de Janeiro.  Conviveu também com a Freira Ana Amasilles Rocha.

Ela nos narra ainda, que estudou muito, o curso era muito puxado. Estudou disciplinas tais como: Microbiologia, Obstetrícia, Biologia, Técnica de Enfermagem, Nutrição e Saúde, Pediatria, Noções de Patologias Médicas. Além disso, o estágio tinha a duração de um ano. A disciplina era rígida. Às sete da manhã todas as estagiárias deveriam estar na sala para a chamada e para a distribuição de tarefas do dia. Havia a clínica médica masculina e a clínica médica feminina. A roupa era de listra com avental branco e deveria estar impecável. Ao meio-dia era o horário do almoço. Eram muitas moças e a mesa do refeitório bem grande. Após o almoço, havia o descanso para recomeçar a tarde com aulas teóricas.

A primeira cirurgia que mamãe instrumentou foi uma apendicite com o doutor Paulo Galvão. Para ela o referido doutor era muito humano e paciente. Já o Doutor Hiram Diogo Fernandes, era cirurgião também, muito alvoroçado e as meninas ficavam com medo dele. Assistiu muitas cirurgias. Lembra-se de uma delas que foi de uma moça do município de Touros que estava com gangrena no intestino. Essa operação foi realizada pelo Dr. José Tavares e seus auxiliares.

domingo, 19 de abril de 2015

MEU GATINHO CHAMADO CETIM


 Em uma das manhãs de domingo do mês de fevereiro de 2015, em minhas pesquisas, leituras matinais, me deparei com a poesia “Cetim”, de Zalina Rolim. Até então não sabia o nome da poesia, nem a autora, mas ao lê-la minhas memorias voltaram ao tempo de criança. Essa poesia, papai, seu Lucas do motor, me ensinou e eu recitava quando saíamos de manhã para passear na praia de Touros-RN por volta de 1969. Encontrei a poesia no “Programa do Ensino Primário Elementar” publicado pelas edições Walter Pereira – Natal-RN em maio de 1968, quando Secretário de Estado de Educação e Cultura,  Jarbas Ferreira Bezerra. Uma das conselheiras do Conselho Estadual de Educação, consta na contra capa do programa (Livro), a professora Francisca Nolasco Fernandes de Oliveira, grande educadora, conhecida por sua obra: "Menina feia e amarelinha".
 
 
Maria Antônia Teixeira da Costa aos 3 anos de idade
 

Cetim

Autora: Zalina Rolim

 
Eu tenho um gatinho

Chamado Cetim.

É alegre e mansinho,

E gosta de mim.

 

Bem cedo na cama

Vai êle : “miau”

E tanto me chama

Que até fica mau.

 

E inventa brinquedo.

E pula no chão

Que eu fico com medo.

Não tenho razão?
 
 
Recitei muitas vezes essa poesia para os amigos de papai quando íamos de manhã cedinho para a praia. Hoje, anos de 2015,  é muito difícil ouvir crianças recitarem poesias.  Saudades!
 
 

 

Observação: Considerada a ortografia do ano da publicação
 
 
 
Sobre a autora da poesia. Ver o site:
BIOGRAFIA DA AUTORA DA POESIA http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/zalinarolim/index.php?p=5494